SURF NA PRAIA DE JUQUEHY

por Edinho Leite.

Surf em Juquehy

Era difícil chegar ao “litoral norte” - Praia de Juquehy

Assim a baixada santista chama o trecho entre Bertioga e São Sebastião, até hoje.

Ia para Juquehy desde 1967/68. Não existia Rio-Santos. Era uma verdadeira aventura de lama e areia, estilo rally.

De madeira ou pau-a-pique, as habitações de pescadores formavam a pequena vila, entre o rio e o morro a caminho da praia Preta. Luz elétrica só no meio dos anos 70.

Apenas em 72/73 pude dropar aquelas paredes verdes, transparentes.
A casa não acomodava todo mundo, por isso, a molecada acampava no quintal sem muros ou cercas, entre goiabeiras, abricós e aquilo que chamávamos de mato. Ia com minha canoa até a praia.

Surfávamos o canto esquerdo. Ondas frequentes. Tubulares. Dali, até onde podíamos ver, havia ondas maiores, só que fechavam muito. Pensando bem, éramos pregos surfando com monoquilhas, sem cordinha.

Surfe no Litoral Norte com Surf’s Up

Até que um dia...

A baia no canto direito, depois do Cambaquara, era incrível. Esquerdas, mais para o lado da ilhota e a lendária e longa direita da pedra, em frente ao hotel Timão, uma das poucas construções de alvenaria visíveis desde o mar.

Homero Naldinho, Flávio “La Barre”, entre outros, surfaram Juquehy antes da gente. Porém, inocente feliz, sentia que havíamos descoberto aquele paraíso. Durante muitos anos foi meu lugar e ondas preferidas no mundo.

Naquela época era normal ir a pé, acompanhado por cães amigos, de um canto ao outro para surfar, sozinho, no “Cantão” (Canton, em bom caiçara) e voltar vendo apenas suas próprias pegadas na areia.

A verdade é que as condições da estrada fizeram com que Juquehy fosse uma viagem mais viável para quem vinha do alto da serra ou da Baixada Santista. Dali para a frente era só dúvida. Vindo por São Sebastião era ainda pior. Se chovesse, já era. Boa parte de seu crescimento tem base nisso.

Nos anos 80, com o início lamacento da Rio-Santos, mais gente foi chegando, gostando e ficando. Juquehy já não era confundido, em tom de piada, com Juqueri, famoso hospital psiquiátrico.

Mesmo assim, não havia crowd.

A maioria dos pescadores viam o mar como trabalho. Não nadavam. Surfar nem pensar. Mas seus filhos aprenderiam.

Gente de fora começou a brincadeira. Porém, de verdadeiros locais como Marquinho, Rubão a Oscar de Souza e Gugu, chegando a Thiago “Camarão”, Juquehy entrou no mapa do surf.


História longa, cheia de detalhes deliciosos.

Esse texto é só a introdução…

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